quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

O idiota


Conta-se que em certa cidade interior de um país um grupo de pessoas divertia-se com um idiota da aldeia, um pobre coitado, de pouca inteligência, que vivia de pequenos biscates e esmolas.

Diariamente eles chamavam o idiota ao bar onde se reuniam e ofereciam-lhe escolher entre duas notas: uma pequena de 5.000 Reis e outra maior de 500 Reis. Ele sempre escolhia a maior e menos valiosa, o que era motivo de risos para todos.

Mas certo dia um dos membros do grupo chamou-o e perguntou-lhe se ainda não havia percebido que a nota maior valia menos, ao que o tolo respondeu assim: Ela vale dez vezes menos, mas no dia que eu escolher a outra, a brincadeira acaba e não vou mais ganhar minha nota.

Pode tirar-se várias conclusões dessa pequena narrativa, a primeira, quem parece idiota, nem sempre é; a segunda: diz-nos quem seriam os verdadeiros idiotas da história; a terceira: se você for ganancioso, acaba por estragar a sua fonte de renda.

Mas a conclusão mais interessante é a perceção de que podemos estar bem, mesmo quando os outros não tem uma boa opinião a nosso respeito, portanto, o que importa não é o que pensam de nós, mas sim quem realmente somos.

O maior prazer de uma pessoa inteligente é fazer-se de idiota, diante de um idiota que se arma em inteligente.

(autor desconhecido)

Sem comentários:

Enviar um comentário