O relacionamento conjugal está associado à qualidade de vida e à saúde. Contudo, ainda que um casamento possa durar muitos anos isso não significa necessariamente que é satisfatório para os dois ou pelo menos para um deles.
O stress afecta a qualidade de vida e provoca doenças. Por outro lado “qualidade de vida” não é apenas ausência de enfermidades, é bem-estar físico, social e mental.
Qualidade de vida também não é sucesso, pois se eu não tiver sucesso posso entrar em stress… Qualidade de vida engloba:
- Satisfação pessoal, nos aspectos físicos, intelectuais e emocionais;
- Satisfação nos relacionamentos, nos aspectos conjugais, familiares e sociais;
- Satisfação profissional, nos aspectos de realização pessoal, alcance de objectivos e contributo social. (As minhas capacidades profissionais não devem apenas servir os meus interesses)
O stress é um dos mais em voga na actualidade, ou se quisermos na vida moderna. Se o stress afecta a saúde e o bem estar emocional, logo, afecta também o casamento.
O termo stress tem origem no latim “stringere” – que significa estreitar, rodear e ligar, dando posteriormente origem à palavra francesa “étreindre”. O termo stress é usado na engenharia para representar força, tensão, pressão ou carga contra uma determinada resistência.
Segundo Lazarus e Lazarus (1994), as primeiras referências à palavra significando “aflição” ou “adversidade” datam do Século XIV mas só no Século XVIII o termo em Inglês começou a ser usado para expressar "desconforto" e "adversidade”.
E na Bíblia? A palavra não existe, mas existem pessoas em stress por terem cometido erros. Lembro de imediato de David, quase exausto e angustiado com a enfermidade do bebé de Bate-Seba, o qual acabou mesmo por morrer; lembro-me do “moço-rico” incapaz de decidir entre as suas riquezas e a sua salvação; e de Judas, que não conseguiu resistir ao stress de enfrentar a sua consciência por ter vendido o seu Mestre.
Portanto, erros pessoais podem colocar-nos em situação de stress. A falta de prudência, o desconhecimento, ou mesmo um encantamento ocasional podem tirar-nos a paz e colocar-nos em stress crónico. E neste âmbito é evidente que o casamento é mais vulnerável ao stress, tenha ele a origem que tiver.
Definição de Stress: “Stress é a resposta do organismo a acontecimentos que provocam desequilíbrios no bem-estar. É provocado por qualquer acontecimento, positivo ou negativo, que nos obriga a mudar de comportamento. O agente responsável pode ser físico, psicológico ou ambiental.” (Hans Selye)
1. O que provoca o stress?
- Um acontecimento;
- Uma situação;
- Uma pessoa;
- Um objecto.
Sintomas físicos: contracção de músculos; dores das costas; enxaqueca; insónia; cansaço; tremores; suores; zumbido nos ouvidos; sonolência; dores de estômago; enjoos; vómitos; diarreia; perda de interessa por sexo; alterações de peso; inquietação.
Sintomas comportamentais: procrastinação; ranger de dentes; dificuldades laborais; atitude crítica excessiva; agitação, alterações alimentares; queres estar só ou acompanhado; falar de situações de stress.
Sintomas emocionais: choro; irritabilidade; nervosismo; explosividade; falta significado na vida; solidão; sentimento de infelicidade; depressão.
Sintomas cognitivos: preocupação; ansiedade; medo por antecipação; perca de concentração; dificuldade em pensar; falta de memória; perca de sentido de humor; falta de criatividade; incapacidade para decidir.
Resumo: a sobrecarga de um certo número de factores é variável de pessoa para pessoa mas uma vez que o limite de cada um é ultrapassado, o organismo entra em stress.
3. O que pode causar stress no relacionamento conjugal?
Resposta simplificada: vidas separadas!
Resposta complicada: perturbações internas!
Há agentes externos e internos que originam stress. Os agentes internos são os mais complexos de identificar e tratar e se o próprio não conseguir identificá-los e anulá-los será melhor procurar ajuda “externa”.
Alguns exemplos de agentes internos que causam stress no indivíduo:
- Expectativas irrealistas;
- Perfeccionismo;
- Cognições distorcidas;
(Ninguém gosta de mim, sentimentos de inferioridade, desejo de elogios...) - Sonhos irrealistas…
a. Finanças e gestão.
Com muito ou pouco dinheiro os casais podem disputar como o dinheiro deve ser gasto. - Um pode ser mais gastador e o outro mais poupado;
A forma de educar os filhos, sermos mais exigentes ou flexíveis. Pontos de vista diferentes sobre a paternidade.
c. Outros membros da família.
- Um pode ser mais sobrecarregado no pagamento das despesas e o outro completamente desligado;
- Um pode estar mais sobrecarregado com os afazeres da casa e o outro desinteressa-se completamente;
- Dívidas.
A forma de educar os filhos, sermos mais exigentes ou flexíveis. Pontos de vista diferentes sobre a paternidade.
c. Outros membros da família.
Alterações no quotidiano de outros membros podem afectar-nos e exigir também alterações nas nossas rotinas; dificuldades com os sogros.
d. Alterações da nossa disponibilidade, o que pode também afectar as nossas finanças;
e. Excesso de trabalho.
Excesso de actividades. Os casais cristãos são muito “pressionados” para servir em causas e nas suas igrejas locais e por vezes envolvem-se em actividades que lhes ocupam totalmente os fins-de-semana e não reservam espaço para si próprios. Nisto inclui-se os que trabalham por turnos ou em horários diferentes.
f. Doença ou incapacidade.
g. Distracções electrónicas.
Desde o aparecimento da televisão que as nossa disponibilidade para a comunicação e o relacionamento se alteraram. Jogos e telenovelas prendem o indivíduo várias horas por semana que poderiam ser melhor em conjunto. Estas distracções podem, porventura, roubar o tempo a disciplina de horários de refeição.
d. Alterações da nossa disponibilidade, o que pode também afectar as nossas finanças;
e. Excesso de trabalho.
Excesso de actividades. Os casais cristãos são muito “pressionados” para servir em causas e nas suas igrejas locais e por vezes envolvem-se em actividades que lhes ocupam totalmente os fins-de-semana e não reservam espaço para si próprios. Nisto inclui-se os que trabalham por turnos ou em horários diferentes.
f. Doença ou incapacidade.
g. Distracções electrónicas.
Desde o aparecimento da televisão que as nossa disponibilidade para a comunicação e o relacionamento se alteraram. Jogos e telenovelas prendem o indivíduo várias horas por semana que poderiam ser melhor em conjunto. Estas distracções podem, porventura, roubar o tempo a disciplina de horários de refeição.
As pessoas chegam a casa e ligam a televisão até à hora de deitar. E quando conversam? Nunca. Quando é preciso falar sobre algum assunto já não sabem conversar. Se o casal não fala sobre os seus problemas eles irão multiplicar-se.
h. Infidelidade on-line.
A pornografia, seja ela em que suporte for, desvirtua e distorce a sexualidade na mente do viciado.
i. Declínio ético e moral.
A sociedade, ou melhor os seus indivíduos, trocam facilmente a responsabilidade pela vaidade. Até a religião e a Bíblia deixaram de ser autoridade na consciência de muitos. Ensinamento sobre o adultério, por exemplo, deixou de ter a importância que tinha em tempos ainda vivos na nossa memória. O divórcio é mais fácil hoje em dia.
j. Egoísmo no lugar de compromisso.
Há factores externos e factores internos que causam stress nos relacionamentos. Há casais, em que ele ou ela, assenta a sua relação no casamento numa base do que recebo e não no que dou ou ofereço ao outro. Em vez de focar as necessidades do seu cônjuge o egoísta concentra a atenção em si próprio. Se o casamento não o satisfaz entra facilmente em stress e se não tiver uma razão irá inventar alguma.
4. Consequências no relacionamento conjugal.
a. Desentendimentos
Nota: os homens tendem a reagir de forma diferente das mulheres: os homens isolam-se, as mulheres explodem!
b. Falta de apetência sexual
c. Depressão
Doença psiquiátrica de contornos indefinidos que provoca sofrimento em milhões de pessoas em todo o mundo.
d. Tristeza.
5. Como evitar o stress.
- Afaste-se de situações angustiantes e conflituosas;
- Partilhe o seu dia-a-dia com o seu cônjuge;
- Seja disciplinado no descanso, lazer e tempo em família;
- Faça coisas que lhe agradam;
- Desenvolva boas relações sociais;
- Seja romântico, melhore a sua vida sexual;
- Tenha cuidado com a informação na internet;
- “Amo-te”;
- Partilhar ou conversar sobre o agente que lhe provoca o stress;
- Boa alimentação;
- Ler um livro todos os meses;
- Praticar exercício;
- Partilhe as bênçãos e as vitórias que já foram alcançadas;
- Manter o bom humor;
- Façam caminhadas juntos;
- Transforme dificuldades em fortalezas;
- Orem juntos. Filipenses 4:19 “O meu Deus, segundo as suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus.”
"Lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós.
Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar." I Pedro 5:7,8
"E nisto conhecemos que somos da verdade, e diante dele asseguraremos nossos corações; Sabendo que, se o nosso coração nos condena, maior é Deus do que o nosso coração, e conhece todas as coisas. Amados, se o nosso coração não nos condena, temos confiança para com Deus." 1 João 3:19-21
Avaliação deste convívio.
Responderam a esta avaliação 16 indivíduos e alguns não compreenderam as regras de avaliação pois deveriam ser respondidas 5 questões todas com qualificação diferente. A amostra é muito pequena para uma conclusão objectiva e não foram consideradas as idades dos casais, sequer a sua média.
É contudo notório que de longe "os filhos" são presentemente a maior causa de stress neste grupo de participantes, seguido que "as cognições distorcidas", fator nos deixa algumas interrogações e em grau de preocupação equivalente, "as finanças".
Sublinho que este estudo não pretende ser científico e não deve ser usado nessa qualidade. É apenas um exercício simples daquilo que podem ser áreas de maior foco nas nossas abordagens de "auto-ajuda".
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