Partilhe informação correta sobre os malefícios do álcool,
não o contrário. A internet, e as redes sociais, são um meio de comunicação e partilha de
informação útil, mas também e em muito maior parte, falsa ou incorreta.
As indústrias das bebidas alcoólicas são muito agressivas na publicidade e não perderam esta oportunidade pois sabem que os utilizadores da internet são alvos mais fáceis e acessíveis do qualquer outro público noutro espaço físico, além de que esse investimento é quase nulo pois as pessoas partilham muita coisa sem investigarem a veracidade e as fontes.
Não se pode estranhar, portanto, que haja mais estudos sobre os “benefícios das bebidas alcoólicas” do que sobre qualquer outro produto, atendendo à universalidade desta indústria e dos seus milhões de consumidores. Acresce ainda que as pessoas têm uma sensibilidade especial para os problemas do coração, da saúde em geral e do envelhecimento, logo, estas indústrias encontram nestas preocupações um campo fértil para tirar ainda maior proveito.
Se o vinho ou qualquer outra bebida alcoólica fosse benéfica para a saúde, porque a O.M.S., que se sabe estar sempre atualizada em matéria de pandemias e respostas eficazes para os problemas de saúde, não divulga estas maravilhosas descobertas científicas?
Quase sempre esses estudos têm um denominador comum: anti-oxidantes e flavonoides! Ora, estas características são encontradas nas frutas, uvas e frutos vermelhos, entre outros, que podem ser encontrados no mercado sem serem fermentados, ou seja, naturais. Além de ser uma opção mais económica, sem proporcionar o lucro escandaloso dessas indústrias, não contém um produto nocivo ao organismo e que se chama álcool. O álcool só tem propriedades benéficas para o organismo humano quando aplicado fora do corpo, na pele, como desinfetante e nunca no seu interior.
A legislação sobre bebidas alcoólicas nos países desenvolvidos, e creio que na maioria dos países Europeus, proíbe “a existência nas bebidas alcoólicas de propriedades terapêuticas ou de efeitos estimulantes ou sedativos” (Portugal: DL nº 330/90, de 23 de Outubro e DL nº332/2001 de 24 de Dezembro). Até então, as indústrias usavam e abusavam desta lacuna e mudaram as suas plataformas de má-informação para a internet e redes sóciais pois sabem que os incautos, ávidos de justificar o seu consumo e comportamento com a bebida, procurarão e divulgarão argumentos “válidos” para justificar a sua utilização. Os “estudos científicos” são sem qualquer sombra de dúvida uma resposta dissimulada às restrições legais impostas pelos governos.
As indústrias das bebidas alcoólicas são muito agressivas na publicidade e não perderam esta oportunidade pois sabem que os utilizadores da internet são alvos mais fáceis e acessíveis do qualquer outro público noutro espaço físico, além de que esse investimento é quase nulo pois as pessoas partilham muita coisa sem investigarem a veracidade e as fontes.
Não se pode estranhar, portanto, que haja mais estudos sobre os “benefícios das bebidas alcoólicas” do que sobre qualquer outro produto, atendendo à universalidade desta indústria e dos seus milhões de consumidores. Acresce ainda que as pessoas têm uma sensibilidade especial para os problemas do coração, da saúde em geral e do envelhecimento, logo, estas indústrias encontram nestas preocupações um campo fértil para tirar ainda maior proveito.
Quase sempre esses estudos têm um denominador comum: anti-oxidantes e flavonoides! Ora, estas características são encontradas nas frutas, uvas e frutos vermelhos, entre outros, que podem ser encontrados no mercado sem serem fermentados, ou seja, naturais. Além de ser uma opção mais económica, sem proporcionar o lucro escandaloso dessas indústrias, não contém um produto nocivo ao organismo e que se chama álcool. O álcool só tem propriedades benéficas para o organismo humano quando aplicado fora do corpo, na pele, como desinfetante e nunca no seu interior.
A legislação sobre bebidas alcoólicas nos países desenvolvidos, e creio que na maioria dos países Europeus, proíbe “a existência nas bebidas alcoólicas de propriedades terapêuticas ou de efeitos estimulantes ou sedativos” (Portugal: DL nº 330/90, de 23 de Outubro e DL nº332/2001 de 24 de Dezembro). Até então, as indústrias usavam e abusavam desta lacuna e mudaram as suas plataformas de má-informação para a internet e redes sóciais pois sabem que os incautos, ávidos de justificar o seu consumo e comportamento com a bebida, procurarão e divulgarão argumentos “válidos” para justificar a sua utilização. Os “estudos científicos” são sem qualquer sombra de dúvida uma resposta dissimulada às restrições legais impostas pelos governos.
Anúncio antigo do Instituto dos Vinhos de Portugal que hoje é proibido por lei. |
As estratégias para publicitar bebidas alcoólicas são regra geral as seguintes:
1. Apresentam o consumidor de álcool como uma pessoa feliz;
2. Mostram as bebidas como algo importante para a diversão;
3. Incitam o consumo nos jovens;
4. Utilizam eventos relacionados com os jovens para publicitar o produto: festivais de música, desporto e eventos académicos;
5. Nos eventos desportivos que patrocinam promovem “bebidas sem álcool”;
6. Retardam o envelhecimento.
7. Invocam propriedades benéficas para a saúde em múltiplas valências.
4. Utilizam eventos relacionados com os jovens para publicitar o produto: festivais de música, desporto e eventos académicos;
5. Nos eventos desportivos que patrocinam promovem “bebidas sem álcool”;
6. Retardam o envelhecimento.
7. Invocam propriedades benéficas para a saúde em múltiplas valências.
Factos e consequências:
1. Não há qualquer relação entre o álcool e a felicidade de uma pessoa. Na verdade, o consumo de bebidas alcoólicas é causa de problemas nefastos nos indivíduos mesmo, em alguns casos, quando consumido em quantidades reduzidas. Menores de idade, diabéticos, grávidas, mulheres que amamentam, condutores de máquinas, doentes com problemas psiquiátricos, hipertensos, e outros, se consumirem qualquer porção de bebida alcoólica podem ter a sua vida seriamente afetada;
2. Para que uma pessoa se divirta e esteja alegre não precisa da bebida alcoólica. Na verdade os verdadeiros amigos são conquistados no nosso estado natural e não sob o efeito de qualquer produto desinibidor. Passado o efeito, a máscara cai, e a pessoa revela-se completamente diferente, melhor ou pior;
3. Os jovens são um alvo vulnerável e fácil. Uma vez conquistados por estes consumos serão clientes regulares durante muitos anos. Nos horários em que não é permitido divulgar na televisão a bebida alcoólica promovem “cerveja sem álcool”, mas efetivamente publicitam a sua marca. Convenhamos que as pessoas não fazem grande distinção entre o produto supostamente inofensivo e a marca. A dissimulação é sem dúvida inteligente mas também descarada;
4. Os doentes alcoólicos procuram tenazmente uma razão ou desculpa para beber. Uma vez que os artigos e estudos de credibilidade duvidosa apontam para “milhentos” benefícios da bebida, então, o seu problema de saúde pessoal é completamente insignificante quando comparado com as outras “grandes vantagens”;
5. O álcool é causa de problemas cardiovasculares. Muito melhor que um consumo prejudicial é o exercício físico e evitar uma vida sedentária;
6. O retardamento do envelhecimento é comparável ao creme que se vende para as rugas. É um argumento, no mínimo, cómico, além de falso. Com o envelhecimento os indivíduos devem reduzir também as suas doses diárias de consumo pois o organismo perde progressivamente capacidade de metabolização e absorção.
A Cruz Azul de Portugal não é uma organização proibicionista nem abstencionista; não somos contra as bebidas alcoólicas; não temos base científica e tão pouco, como organização cristã, moral bíblica para desqualificar o uso das bebidas alcoólicas ou censurar qualquer tipo de consumidor. Porém, a nossa motivação e preocupação principal são as pessoas, especialmente as vítimas do consumo abusivo do álcool, os consumidores e os seus familiares sem esquecer as crianças, e por isso, combatemos a informação errada e a manipulação perversa promovida por estas indústrias, as quais são em grande parte co-responsáveis pela desgraça de muitas famílias em acidentes de trânsito e no trabalho, violência e negligência doméstica, doenças crónicas e absentismo no trabalho, violações, gravidezes indesejadas e doenças infecto-contagiosas.
Antes de partilhar esses estudos pense nos inúmeros efeitos
nefastos na saúde física das pessoas; na sua saúde psíquica; no bem-estar
social das famílias e restantes relacionamentos sociais; na economia dos seus
lares. Pense nos seus filhos e nos jovens que lêem as suas publicações. Promova
antes um bom exemplo e procure nos sites de saúde dos governos das
organizações de saúde nacionais e internacionais, sobre estas questões realmente bem
fundamentadas cientificamente sobre as dificuldades relacionadas com as bebidas
alcoólicas.
Samuel Dias
Informação relacionada: Riscos do álcool no verão
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