Buscamos uma liberdade autêntica que nos permita crescer e viver harmoniosamente em família e na comunidade, de forma a ajudar outros a alcançar os mesmos valores.
quinta-feira, 13 de junho de 2013
O homem que não era digno do seu nome
ESPERANÇA ONDE NÃO SE VÊ ESPERANÇA“Um amor sem limites, uma paciência inesgotável e uma fé inabalável”.
A história do homem que se tornou indigno de seu nome: Johannes Schluckebier, 1824 – 1901.
Justamente, um homem com o nome de “Schluckebier” (traduzido quer dizer, “engulidor de cerveja”) tornou-se o fundador da Cruz Azul na Alemanha.
Quem era este Johannes Schluckebier, que em Hagen foi o primeiro a assinar o compromisso de abstinência? A história de sua vida mostra que, pela graça de Deus, mesmo pessoas vindas de famílias desajustadas podem ser usadas por Deus e ser um instrumento para abençoar muitos outros.
Johannes Schluckebier nasceu em 6 de Dezembro de 1824, em Schasenhausen (Waldeck), em circunstâncias nada felizes. O seu pai tornou-se dependente do álcool por causa de problemas nos negócios e por essa razão Johannes viu exemplos e atitudes nada agradáveis quando o pai chegava a casa.
Pouco tempo depois de Johannes ter completado os nove anos de idade a sua mãe faleceu. A segunda esposa do seu pai trouxe com ela três crianças. A alegria de que iria receber uma segunda mãe durou pouco tempo e logo mais apanhou uma decepção. Assim que a nova "mãe" chegou, tratou logo de arrumar a sua para uma das suas próprias crianças e indicou-lhe o curral das cabras como o seu novo quarto sobre um punhado de feno. Viveu dias difíceis, pois era constantemente humilhado e castigado. Certo dia, bem cedo, o seu pai acordou-o e disse-lhe: “Vem comigo”.
Silencioso e intimidado menino caminhava atrás do seu pai. Ao chegarem à beira de um matagal o seu pai mostrou-lhe caminho para um moinho que ficava no vale. Ele deveria ir até o moinho e ser aceite pela irmã que trabalhava lá. Então o pai deu meia volta e de seguida desapareceu.
Só alguns anos mais tarde veria de novo. As pessoas do moinho tiveram compaixão do menino desprezado. Inicialmente pode ficar no moinho e posteriormente foi acolhido por outros parentes. Apesar da pobreza em que viviam, eles acolheram-no com grande amor e providenciaram a continuidade de seus estudos.
Uma passagem, Bíblica que o marcou foi: “No mundo passais por aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” (João 16,33). Esta palavra representava para ele consolo relativamente à sua infância pesada.
Casou em 1848 e viveu com a sua família Wetter (Ruhr). Juntamente com sua família tornou-se membro de uma pequena igreja reformada, na qual serviu como presbítero durante 40 anos.
A guerra em 1870/71 trouxe uma mudança muito amarga para a família. O filho mais velho, Ludwig, foi convocado e no estrangeiro ganhou o gosto pela bebida. Quando ele retornou da guerra passou a frequentar regularmente o bar. Muitas vezes chegava embriagado a casa e fazia sofrer toda a família com esse comportamento. Muitas vezes Johannes lembrava o seu filho dos dias tristes da sua infância e juventude, e com parentes e amigos orava regularmente pelo seu filho mas não sabia como o ajudar.
Também a criação da Cruz Azul não modificou este problema, antes pelo contrário, a relação com Ludwig tornou-se cada vez mais crítica. Mesmo assim toda a família e muitos membros da Cruz Azul clamavam pela salvação daquele “pobre escravo do álcool”.
O próprio Ludwig lutava contra sua dependência. De vez em quando ele assinava compromissos de abstinência, mas tornava a recair e cada vez mais sua situação piorava: Para Johannes Schluckebier e todos os outros na Cruz Azul a luta por Ludwig tornou-se uma autêntica provação. Com ele aprenderam praticamente tudo que era necessário aprender para o trabalho de recuperação de alcoólicos.
Eles experimentaram na prática que para a salvação de um dependente do álcool são necessários três alicerces: “um amor sem limites, uma paciência inesgotável e uma fé inabalável”. Assim descreve um cronista o clamor desta família.
Depois de muitos anos Ludwig dispôs-se a visitar o “centro de recuperação de Eichhof bei Bielefeld para receber ajuda. No dia 12 de Dezembro de 1891 ele escreveu a seu pai que como discípulo de Jesus havia se tornado uma nova pessoa. Isto foi uma grande alegria para os colaboradores da Cruz Azul de Hagen.
Mais tarde Ludwig tornou-se o administrador da associação da Cruz Azul em Hagen. Johannes Schluckebier que presidia a associação não poderia ter encontrado melhor administrador.
Os últimos dias deste humilde homem foram marcados crescentemente pelos males da velhice, mas também por ocasiões festivas: no dia 6 de Setembro de 1898 festejou as bodas de ouro com a sua mulher; no ano seguinte foi nomeado como membro honorário da Federação da Cruz Azul.
A 7 de Outubro de 1901, após longo período de enfermidade, foi chamado ao lar celestial por Jesus Cristo.
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