quarta-feira, 16 de março de 2016

Sintomas de recaída


Enquanto cada indivíduo deve manter a disciplina que garante a sobriedade, há outras maneiras de outros poderem ajudar. Quase todos os que se relacionam com o indivíduo viciado estão aptos a reconhecer comportamentos de mudança que indicam o regresso às velhas maneiras de pensar.

Normalmente estes indivíduos e amigos tentam prevenir o assunto, que por agora pode não ser a melhor altura para se falar. Ele pode considerá-lo persistente ou que está a violar a sua privacidade. Há muitos sinais de perigo. Muitos dos alcoólicos, se abordados correctamente, estariam dispostos a ir além de um inventário de sintomas com o seu conjugue ou outro amigo íntimo. Se os sintomas são identificados suficientemente cedo e reconhecidos, a pessoa viciada normalmente tentará mudar a forma de eles pensarem, para ficar sintonizada outra vez. Um inventário semanal de sintomas pode prevenir algumas recaídas. Esta disciplina adicional é uma que muitos viciados parecem disponíveis para tentar. A seguinte lista pode ser usada por conjugues, amigos íntimos ou pelo próprio alcoólico.

1. Exaustão: 

Permitindo a si próprio tornar-se demasiado cansado ou de fraca saúde. Alguns indivíduos são também propensos a tornarem-se viciados no trabalho, talvez para tentar recuperar o tempo perdido. Boa saúde e descanso suficiente são importantes. Se você se sentir bem estará apto a pensar bem; se se sentir indisposto o seu pensamento estará apto para se deteriorar. Se se sentir bastante mal você pode começar a pensar regressar à bebida e isso seria o pior de tudo. Não se torne demasiado faminto, zangado, sozinho ou cansado.

2. Desonestidade: 

Isto começa com um modelo de mentiras desnecessárias e enganos com colegas de trabalho, amigos e familiares. Então a mentira torna-se importante para si mesmo. A isto chama-se racionalização – fazendo desculpas para não fazer o que deveria, ou por fazer o que você não deveria fazer.

3. Impaciência: 

As coisas não acontecem imediatamente, ou outros não fazem o que você sente que deveriam fazer, o que você quer que eles façam. (Para os que são crentes, isto pode incluir o sentimento de que Deus não responde às suas orações. Ele faz, mas no seu tempo e à sua maneira!)

4. Argumentação: 

A argumentação de pequenos e ridículos pontos de vista indica a necessidade de ter sempre razão, o sentimento de que os outros deviam ser razoáveis e fazer as coisas à sua maneira, concordar com as suas opiniões, podendo ser mais uma desculpa para regressar ao vício.

5. Depressão: 

Insensatez e irresponsabilidade podem acontecer periodicamente e devem ser abordados e conversados directamente. (Para as mulheres, esteja atento ao período pré-menstrual; em momentos deste ciclo há mais vulnerabilidade para uma recaída)

6. Auto-piedade: 

"Porquê eu, Senhor?"; "Ninguém me ama..."; Ninguém aprecia o que faço..."

7. Falta de Afectividade: 

"Consegui, Estou curado do meu vício", não o receia mais, pode ir a lugares onde se bebe / droga para mostrar aos outros que já não tem o problema. Faz isto várias vezes e acabará por gastar as suas defesas.

8. Complacência: 

"O vício é a coisa mais distante da minha mente, nem sequer já penso nele". É perigoso deixar cair o dispositivo de protecção apenas porque tudo está a ir bem. É bom lembrar que quando você deixou de beber ficou ciente dos "ardis de Satã". "Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para que possais estar firmes contra as astutas ciladas de Satanás." (Ef.6:11)

9. Esperando demasiado dos outros: 

"Eu mudei, porque é que os outros não mudam também?" É um sintoma se o fizerem – mas ainda é o seu problema se eles não o fazem. Eles podem não confiar em si ainda, podem ainda estar à procura de mais provas de que você mudou. Você não pode esperar que outros mudem os seus estilos de vida apenas porque você agora tem um diferente. Lembre-se, a única pessoa que você pode mudar é você mesmo. Você pode orar para que Deus os mude, por isso continue a amá-los e tente mudar a sua atitude em relação a eles, aprendendo a olhá-los como Cristo os olha, a amar, e aceitá-los tal como Ele o aceita a si.

10. Afrouxar a auto disciplina: 

Na sua oração leitura bíblica e meditação, inventário diário, e participação nas reuniões de grupo e cultos da Igreja. Isto pode reter tanto a complacência como o aborrecimento. Você não tem meios para deixar de se sentir aborrecido com o seu programa ou com a sua Igreja, o custo da recaída é demasiado elevado. Se a sua Igreja não satisfaz as suas necessidades, primeiro faça uma revisão dessas necessidades, para verificar se elas são realistas, ore e fale com o seu conselheiro e Pastor da sua Igreja local, antes de tomar qualquer decisão, lembrando-se sempre de que nenhuma igreja é perfeita, porque nenhuma pessoa é perfeita!

11. Desejar demasiado: 

Não coloque alvos que não pode alcançar com um esforço normal. Não espere demasiado de si mesmo ou dos outros. É sempre melhor quando as boas coisas acontecem inesperadamente. Você poderá alcançar os seus alvos se fizer o melhor que puder, mesmo pensando que pode não acontecer tão depressa como o deseja. Satisfação não é ter o que deseja mas saber viver com o que tem. Paulo disse, "Sei viver na pobreza e também na abundância. Aprendi a viver em toda a situação: a ter fartura e a ter fome, a ter em abundância e a não ter o suficiente." (Fl.4:12)

12. Uso de humor alterando os medicamentos: 

Você pode sentir a necessidade de facilitar as coisas com um comprimido, e o seu médico pode prescrevê-lo. Você pode nunca ter tido um problema com outras drogas além do álcool, mas pode facilmente cair no seu vício deste modo – pela forma mais subtil de ter uma recaída. Dizendo que está sóbrio enquanto usa drogas ou fazer-se de inocente enquanto bebe, só está a aldrabar a si próprio.

13. Esquecimento da gratidão: 

Você pode ser olhado negativamente na sua vida, concentrando-se em problemas que ainda não estão totalmente corrigidos. É bom lembrar de onde veio e lembrar-se como a vida é muito melhor agora.

14. "Não me pode acontecer": 

Este é um pensamento perigoso. Quase sempre alguma coisa lhe pode acontecer e é mais provável se você estiver desatento. Lembre-se, você tem uma doença progressiva e se houver uma recaída você ficará em pior estado do que o primeiro.

15. Omnipotência: 

Este é um sentimento que resulta da combinação de muitos mencionados acima. Agora você tem todas as respostas para si mesmo e para os outros. Ninguém lhe pode dizer o que quer que seja. Ignora as sugestões e conselhos dos outros. A recaída é provavelmente a última coisa na sua mente, mas iminente, a menos que ocorram mudanças drásticas. "Aquele que está de pé, olhe, não caia."

Nota: Este artigo transitou do site cruzazul.pt para este blog.

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